segunda-feira, 18 de maio de 2020

Membro do rebanho do Pastor




    Ontem eu tive um pouco de vergonha na cara, como dizem aqui no meu estado, e peguei meu catecismo para dar uma lida. Para quem não sabe, estou fazendo a catequese para receber o sacramento da Confirmação. A data marcada era para a festa de Pentecostes ou seja, daqui a duas semanas, mas foi adiada por causa da pandemia do coronavírus.

   Por uma série de razões da minha vida, só agora estou me preparando para receber o santo sacramento da Crisma. Que me dará as graças necessárias para ter uma fé madura e coerente, e me transformará num verdadeiro soldado de Nosso Senhor Jesus Cristo.

    Voltando ao assunto, estava lendo o catecismo e realmente é um belíssimo trabalho da Igreja. Saber que aquele texto sintetiza a Fé Católica dada por Cristo e ensinada pelos apóstolos e seus sucessores ao longo da História, nos lembra que fazemos parte de algo verdadeiramente grande. 

   Ao ler aquelas páginas, nos vem à mente o sangue dos mártires, as orações dos eremitas, os ensinamentos dos apóstolos, os trabalhos e lutas dos missionários, a sabedoria dos confessores, a ciência dos doutores, a pureza das virgens, a perseverança dos penitentes, o amor dos casados, a doação dos celibatários, a inocência das crianças, a experiência dos anciãos.

   Enfim, ao ler aquelas páginas, somos tomados pela lembrança de que mesmo um jovem brasileiro desempregado e sem formação que vive no século XXI, um pecador que nunca fez nada digno com a vida que Deus deu, é continuador e irmão daquela multidão de santos e veneráveis cristãos. Uma multidão de homens e mulheres que souberam fazer a vontade do Senhor nas suas vidas, nas diversas realidades que estavam inseridos, e conquistaram um lugar na mesa do Cordeiro.

   É algo que enche de esperança e inspira a prosseguir no caminho de Cristo.

   Além de tão bela memória, é impossível não lembrar e louvar Nosso Senhor Jesus Cristo, a quem eu devo tudo que sou e tenho. E a quem eu busco todos os dias da minha vida ser um fiel discípulo e servo. Sou falho, constantemente peco e faço as minha própria vontade ao invés da d'Ele, mas confio na sua infinita misericórdia. Ele que se entregou totalmente nas mãos do Pai, até morrer na Cruz. Tudo isso para salvar a humanidade comigo incluso.

   Não posso finalizar esse texto sem deixar de exclamar esperançosamente:

   Pela sua dolorosa paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro!

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